Apesar da presença mais expressiva das mulheres no mercado de trabalho, algumas áreas ainda são predominantemente masculinas e, muitas vezes, consideradas hostis para o sexo feminino. É o caso do mercado financeiro. O número de mulheres atuando no setor econômico do país ainda é muito pequeno e está bem longe de se equiparar ao número de homens.
Apesar das dificuldades, as mulheres costumam apresentar características positivas para as empresas do setor financeiro. “Elas podem agregar na diversidade do ambiente, pois têm alto nível de comprometimento, lealdade e menor propensão ao risco. A mulher é um pouco mais pé no chão”, destaca Viviane Martins, que é mestre em Finanças e Diretora Executiva da FALCONI.
Para Viviane, a discriminação existe no ambiente corporativo no geral, mas costuma ser mais acentuada em algumas áreas e piora à medida que a mulher sobe de cargo. “Você é testado e tem que se provar constantemente, especialmente nos níveis de cima da carreira. Para os homens, o voto de confiança vem mais naturalmente”, destaca.
Segundo o levantamento “Estatísticas de Gênero – Indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgado pelo IBGE em março/18, as brasileiras são mais escolarizadas e trabalham mais que os brasileiros. No entanto, quando o assunto é salário, elas ganham, em média, 76,5% do que eles ganham. O crescimento na carreira também é desigual: 37,8% das mulheres chegam aos cargos gerenciais, contra 62,2% do sexo masculino.
Viviane Martins concorda que o preconceito existe também em relação ao temperamento feminino. “Os homens esperam que as mulheres sejam mais doces, com convivência mais suave. Quando a mulher pleiteia seu lugar ao sol, luta pelo seu espaço, pode ser vista como muito agressiva”, afirma.
Fonte: Yahoo.com
Publicado em 20/03/2018